SOBRE O VATICANO II
Por Sua Excelência Reverendíssima Bispo Donald Sanborn
A questão central para todo católico desde o Vaticano II é esta: a religião que saiu do Vaticano II e suas mudanças é a mesma religião de antes do Vaticano II?
Se a resposta for “Sim, é a mesma religião”, então não há necessidade de rejeitá-la ou condená-la. Seria cismático e até herético rejeitá-lo.
Se, por outro lado, a resposta à pergunta for “Não, não é a mesma religião”, então os católicos devem rejeitá-la intransigentemente, da mesma forma que a Igreja rejeitou e condenou todas as heresias no passado.
Assim como não há meio-termo entre sim e não, também não há meio-termo entre aceitar as reformas do Vaticano II como fé católica ou rejeitá-las como não-católicas.
“Eu professo que essas reformas heréticas, malignas e blasfemas não podem de forma alguma provir da Igreja Católica Romana, uma vez que ela é infalível em suas doutrinas, disciplinas e culto litúrgico.”
Essa passagem é uma profissão de fé na infalibilidade e indefectibilidade da Igreja Católica. A própria essência da Igreja Católica consiste na assistência que Cristo, sua Cabeça Invisível, dá a ela, todos os dias até a consumação do mundo, como Ele disse antes da ascensão. Ele realiza essa assistência por meio do Espírito Santo, o Paráclito. Se você retirar essa ajuda da Igreja, ela não será diferente de nenhuma igreja ou religião meramente humana, e estará sujeita a todos os erros religiosos e desvios que têm atormentado a humanidade desde a época da queda de Adão e Eva. A própria razão pela qual damos nosso assentimento de fé ao ensino da Igreja é que ela tem essa assistência de Cristo, e tem o poder de ensinar em Seu Nome.
A assistência significa que a Igreja é indefectível, isto é, permanecerá até o fim dos tempos como instituição visível e hierárquica, e que permanecerá sempre a mesma, tal como Cristo a fundou. Isso significa que, por meio de sua hierarquia, ela sempre ensinará as mesmas doutrinas, tanto dogmáticas quanto morais, sempre manterá as mesmas práticas litúrgicas essenciais e sempre prescreverá as mesmas leis e disciplinas essenciais. Por este princípio, sua liturgia, embora possa variar em formas acidentais, deve sempre ensinar a doutrina católica, e somente a doutrina católica, em seus ritos e cerimônias. Na disciplina, a assistência de Cristo garante que a Igreja nunca fará uma lei que prescreve ou permite algo que é pecaminoso.
Como conclusão lógica (...) a religião do Vaticano II é um desvio substancial da verdadeira Fé, dizemos que é impossível que esse desvio substancial proceda da autoridade de Cristo, que está investida na hierarquia do Igreja Católica. "Tudo o que ligares na terra será ligado também no céu." Seria contrário às promessas de Cristo de que a hierarquia católica promulgasse o que é uma alteração substancial da fé católica.
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Os promulgadores modernistas do Vaticano II e suas reformas são destituídos de qualquer autoridade eclesiástica devido à sua intenção de promulgar à Igreja Católica Romana a transformação substancial de suas doutrinas, liturgia e disciplinas essenciais, e aqueles eleitos ou nomeados para posições de autoridade, embora legitimamente, devem ser considerados como falsos papas e falsos bispos.
Consequentemente, deve-se rejeitar aqueles conhecidos como João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Francisco como falsos papas, bem como qualquer pessoa no futuro que possa reivindicar ser papa, mas que, ao mesmo tempo, pretende promulgar o Vaticano II e suas reformas.
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Perguntas e Respostas Sobre o Vaticano II
- Bispo Donald Sanborn -
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Qual é o problema do Concílio Vaticano II?
O Concílio Vaticano II ensinou doutrinas já condenadas pela Igreja e promulgou disciplinas contrárias ao ensino e à prática constante da Igreja.
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Que doutrinas ele ensinou que já foram condenadas?
Ele ensinou quatro erros principais:
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a respeito da unidade da Igreja;
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a respeito do ecumenismo;
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com relação à liberdade religiosa;
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em relação à colegialidade.
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Que falsa doutrina ele ensina a respeito da unidade da Igreja?
O Vaticano II ensina a heresia a respeito da unidade da Igreja, ou seja, que a Igreja de Cristo não se identifica exclusivamente com a Igreja Católica, mas simplesmente subsiste nela. Esta doutrina herética está contida principalmente na Lumen Gentium e seu significado herético é confirmado nas declarações de Paulo VI e seus sucessores, em particular no Código de Direito Canônico de 1983, na Declaração de 1992 relativa à Igreja e à comunhão, e no Diretório Ecumênico. É contrário ao ensinamento da Igreja Católica, contido principalmente no Satis Cognitum do Papa Leão XIII, Mortalium Animos do Papa Pio XI, Mystici Corporis do Papa Pio XII e nas condenações da “teoria do ramo” levada pelo Santo Ofício sob Papa Pio IX.
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Que falsa doutrina ele ensina em relação ao ecumenismo?
O ensino do Vaticano II sobre ecumenismo, que afirma que as religiões não católicas são um meio de salvação, é abertamente herético. Esta doutrina contradiz diretamente o ensino da Igreja de que não há salvação fora da Igreja Católica, no ensino que o Papa Pio IX chamou do dogma católico mais conhecido. Além disso, as práticas ecumênicas que resultaram desta doutrina herética são diretamente contrárias a Mortalium Animos do Papa Pio XI.
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Que falsa doutrina ele ensina a respeito da liberdade religiosa?
O ensino do Vaticano II sobre a liberdade religiosa, contido na Dignitatis Humanae, afirma quase palavra por palavra a mesma doutrina que foi condenada pelo Papa Pio VII em Post Tam Diuturnas, pelo Papa Gregório XVI em Mirari Vos, pelo Papa Pio IX em Quanta Cura e pelo Papa Leão XIII em Præstantissimum Libertas.
Os ensinamentos do Vaticano II sobre a liberdade religiosa também contradizem a realeza de Jesus Cristo sobre a sociedade, conforme expresso nas Quas Primas do Papa Pio XI, e a atitude e prática consistente da Igreja para com a sociedade civil.
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Que falsa doutrina ele ensina em relação à colegialidade?
O ensinamento do Concílio Vaticano II a respeito da colegialidade altera a constituição monárquica da Igreja Católica, com a qual foi dotada pelo Divino Salvador. A doutrina do Vaticano II, confirmada pelo Código de Direito Canônico de 1983, que afirma que o sujeito (o possuidor) da autoridade suprema da Igreja é o colégio dos bispos em comunhão com o Papa, é contrária a doutrina definida nos Concílios de Florença e Vaticano I.
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Quais são os problemas da Nova Missa e das mudanças litúrgicas que foram promulgadas desde a exaltação do Vaticano II?
As modificações litúrgicas do Vaticano II refletem os erros doutrinários que acabei de mencionar. A nova liturgia é uma liturgia ecumênica e procura apagar todas as doutrinas que são claramente católicas e desviar a liturgia católica em uma forma de culto que não seria ofensiva aos protestantes. É centrado no homem e é despojado de todo simbolismo sobrenatural. A Ordo Missae de Paulo VI introduziu uma má disciplina litúrgica, porque:
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Contém uma definição herética de Missa;
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Foi composta com o propósito expresso para estabelecer uma liturgia ecumênica, agradável para os protestantes, despojada das verdades católicas sobre o Sacerdócio, o Santo Sacrifício da Missa e a presença real de Cristo na Sagrada Eucaristia;
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Foi escrita com a ajuda e participação de seis pastores protestantes, que mostram o espírito herético em que ele estava projetada e formulada;
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Seus autores têm sistematicamente removido de suas orações e doutrinas as lições que seriam ofensivas para os hereges;
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Ela ensina, tanto por suas omissões, por seu simbolismo e suas expressões, heresias e erros relativos ao sacerdócio, o Santo Sacrifício da Missa e a presença real de Cristo na Sagrada Eucaristia. Além disso, provavelmente não é válida devido a um falta de intenção que é provocada naquele que a celebra, e devido a uma alteração blasfema da palavra de Cristo na fórmula de Consagração, falada em língua vernacular.
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Qual é o problema das disciplinas emanadas do Vaticano II?
O Código de Direito Canônico de 1983 contém a heresia do Vaticano II sobre a Igreja, mencionada acima. Também permite o sacrilégio ao Santíssimo Sacramento, aprovando a sua recepção por não católicos, que é um pecado mortal, e autorizando a communicatio in sacris (a participação ativa de católicos no culto de religiões não católica) com não católicos, que é também um pecado mortal. Além disso, o Diretório Ecumênico de 1993 permite práticas ecumênicas que sempre foram consideradas pecados mortais pela Igreja.
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O que tudo isso significa?
Isso significa que do Concílio Vaticano II e de suas reformas subsequentes nasceu uma nova religião, uma religião que é significativamente diferente da Fé católica fundada por Cristo. Os reformadores mudaram drasticamente os três principais constituintes da religião: a doutrina, adoração e disciplina. O resultado é que os reformadores promovem uma religião do ecumenismo em vez da religião Católica Romana, que sempre ensinou que só ela é a única e verdadeira Fé, e que todas as outras religiões são falsas. A Religião do Vaticano II ensina doutrinas que foram condenadas pela Igreja no passado. Ela coloca no lugar ritos e disciplinas de natureza protestante. Assim, a religião que os católicos encontram em suas paróquias e escolas, embora nominalmente católicas, são uma nova religião não católica já condenada pela Igreja Católica.
A indefectibilidade da Igreja aplicada à religião conciliar
Monsenhor Sanborn
O Sedevacantismo em três Minutos
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"O Diabo sempre tentou, por meio dos hereges, privar o mundo da Missa, tornando-os precursores do Anticristo, que antes de tudo, vai tentar abolir e irá abolir o Santo Sacrifício da Missa, como um castigo pelos pecados dos homens, de acordo com a predição de Daniel, 'E foi-lhe dada força contra o contínuo sacrifício.'"
(Santo AFONSO DE LIGÓRIO, La Messa e l’Officio strapazzati, Nápoles, 1760; cf. tb.)
“Entre os gritos
"Tudo está perdido"
e "Tudo está salvo"
haverá quase nenhum intervalo.”
Abade Souffrant
"Com este Sinal Vencerás!"