Oração Preparatória:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos Vossos fiéis, e acendei neles o fogo do Vosso amor.
V. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,
R. E renovareis a face da Terra.
Oremos: Ó Deus, que instruístes os corações dos Vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Rezar: Pai Nosso, Ave Maria, Glória
4º Dia
Fluat ut ros eloquium meum, quasi imber super herbam
“Distilem como orvalho as Minhas palavras, como chuva sobre a erva.”
(Dt 32, 2)
A Igreja manda-nos pedir ao Espírito Santo, que purifique nossos corações e os torne fecundos por Seu salutar orvalho: Sancti Spiritus corda nostra mundet infusio, et sui roris intima aspersione foecundet. O amor faz a alma fecunda em bons desejos, santas resoluções e boas obras: tais são as flores e os frutos da graça do Espírito Santo. – O amor é chamado também orvalho, porque tempera o ardor das más inclinações e tentações. Por isso se diz do Espírito Santo que Ele modera o ardor e refrigera – “In aestu temperies, dulce refrigerium”.
Este salutar orvalho desce sobre nossos corações durante a oração. Um quarto de hora de meditação basta para apagar o fogo do ódio ou do amor desordenado, por ardente que seja. A santa meditação é a adega misteriosa de que fala a Esposa dos Cantares:
Introduxit me rex in cellam vinariam, ordinavit in me caritatem. “O rei me introduziu na sua adega, ordenou em mim a caridade”.
Aí é que nos enchemos da caridade bem ordenada, pela qual amamos ao próximo como a nós mesmos, e a Deus sobre todas as coisas. Quem ama a Deus, ama a oração, e a quem não ama a oração, é moralmente impossível vencer as próprias paixões.
Para que não sejamos oprimidos pelos ardores das más inclinações, e afim de que o Espírito Santo possa fertilizar as nossas almas com o orvalho dos Seus dons, tomemos hoje a forte resolução de fazer cada dia ao menos uma meia hora de oração mental. São João Crisóstomo compara a oração mental a uma fonte no meio de um jardim; porque sem ela todas as virtudes murcham, ao passo que com ela se conservam frescas e amenas, e se aperfeiçoam constantemente.
Assim como quem sai de um jardim faz um ramalhete das flores que mais o encantam, assim, segundo o aviso de São Francisco de Sales, devemos ao sair da meditação compor um como que ramalhete dos pensamentos que mais nos impressionaram, e durante o dia avivá-los de tempos a tempos, mesmo durante as nossas ocupações.
Ó santo e divino Espírito, não quero mais viver para mim mesmo; em Vos amar e agradar quero empregar tudo que me resta da vida. Com este fim Vos peço que me concedais o dom da oração mental. Vinde a meu coração, e ensinai-me Vós mesmo a praticá-la como se deve. Dai-me a força de não deixá-la por tédio no tempo da aridez; dai-me o espírito de oração, isto é, a graça de sempre orar e de fazer aquelas orações que sejam mais agradáveis ao Vosso Divino Coração. – Por meus pecados me havia perdido; mas por tantos sinais de Vossa ternura, reconheço que quereis a minha salvação e santificação. Quero santificar-me para Vos agradar e amar mais a Vossa infinita bondade. Amo-Vos, ó meu soberano Bem, meu amor, meu tudo, e porque Vos amo, dou-me todo a Vós. † Ó Maria, minha esperança, protegei-me.
Antífona final:
V. A graça do Espírito Santo ilumine os nossos sentidos e o nosso coração. R. Amém.
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